O Caboclo Sete Flechas é um espírito de luz que se manifesta nas giras como um grande guerreiro indígena, profundo conhecedor da natureza, das ervas medicinais, dos elementos da floresta e dos caminhos espirituais.
Seu nome – Sete Flechas – não é aleatório: cada flecha representa uma virtude espiritual ou dom sagrado, como cura, proteção, justiça, sabedoria, coragem, equilíbrio e amor. Ele é um mensageiro dos Orixás, sobretudo de Oxóssi, mas algumas casas o associam também a Ogum, por sua postura de luta e proteção.
Linha de trabalho: Principalmente na linha de Oxóssi (rei das matas), mas também atua cruzado com Ogum, quando vem em demanda ou proteção.
Elemento: Floresta e natureza.
Domínio: Cura com ervas, quebra de demandas, abertura de caminhos, força espiritual.
Aparência: Em muitas casas, é representado com cocar, arco e flechas, tronco nu, com corpo pintado com urucum.
Cores: Verde, branco, e às vezes azul (quando há ligação com Oxóssi da mata escura).
Ervas: Jurema, guiné, alecrim, arruda, manjericão, folha de pitanga.
Protege seus filhos de ataques espirituais
Corta magias negativas com suas flechas sagradas
Cura dores do corpo e da alma
Desfaz medos, traumas e amarras emocionais
Orienta na tomada de decisões com sabedoria ancestral
Fortalece a conexão com a natureza e com a espiritualidade verdadeira
Oferendas comuns: frutas da mata (banana, mamão, maçã), mel, fumo, velas verdes e brancas, água de cachoeira.
Local de oferenda: Matas, clareiras ou troncos de árvores firmadas com fé.
Saudação: Okê Caboclo! Salve Sete Flechas!
Salve Caboclo Sete Flechas, guerreiro da mata e flecheiro da justiça. Com tuas flechas sagradas, corta todo mal do meu caminho. Ilumina meus pensamentos, fortalece meu coração, e guia meus passos com tua sabedoria ancestral. Okê Arô Oxóssi!
Por que ele é importante hoje
O Caboclo Sete Flechas nos lembra que o conhecimento está na simplicidade da natureza, que a fé pode ser firme sem ser violenta, e que a força verdadeira não grita, mas guia com silêncio e firmeza.
Ele também representa a presença e resistência dos povos indígenas, valorizando suas tradições, saberes e a conexão espiritual com a terra – algo que ainda é profundamente necessário num mundo desconectado da natureza.