Ao usar o termo "bairrismo" dessa maneira, ele tentou dar a entender que sua atitude era uma espécie de comportamento natural ou aceitável dentro do seu círculo social, como se fosse algo sem malícia, que ele acredita ser parte de uma "brincadeira" cotidiana, provavelmente associada à forma como ele e seus amigos ou conhecidos interagem.
No entanto, essa justificativa é problemática, porque ao utilizar "bairrismo" como desculpa, ele, de certa forma, legitima comportamentos preconceituosos, como a homofobia, como se fosse algo trivial ou inocente. Isso pode ser interpretado como uma falha em reconhecer a seriedade e a responsabilidade que um político deve ter em seu discurso público, além de ser um reflexo da falta de consciência de que, independentemente de onde venha, atitudes desrespeitosas não podem ser justificadas ou toleradas em nenhum contexto, principalmente em uma casa legislativa.
Portanto, o uso do termo "bairrismo" não é uma defesa válida para uma atitude preconceituosa. A fala do vereador, ao ser justificada dessa forma, apenas reforça a ideia de que atitudes discriminatórias são aceitáveis ou comuns em certos grupos, o que, como mencionei no texto, é um reflexo da falta de ética e preparo na política brasileira.