Na versão dos Grimm, a madrasta (não a rainha “má” em sentido genérico) morre de inveja da beleza da enteada, Branca de Neve. Ela consulta um espelho mágico que sempre lhe dizia que era a mais bela, até que um dia o espelho responde que Branca de Neve é mais bonita. Enfurecida, decide matá-la.
A madrasta manda um caçador levá-la à floresta para ser assassinada e exige que ele lhe traga o fígado e os pulmões da menina como prova. O caçador, com pena, poupa Branca de Neve e mata um javali, entregando os órgãos do animal à rainha, que os cozinha e os come, acreditando ser da enteada.
A rainha descobre que Branca de Neve está viva e tenta matá-la três vezes:
Com um espartilho apertado até quase sufocá-la.
Com um pente envenenado.
Finalmente, com a maçã envenenada — essa sim a que permanece na cultura popular.
Branca de Neve é colocada num caixão de vidro pelos anões, que a observam por muito tempo. Um príncipe se apaixona por ela mesmo em “morte”. Em vez de um beijo mágico, um dos criados tropeça carregando o caixão, e o pedaço de maçã envenenada salta de sua garganta, salvando-a.
No final, a rainha é convidada ao casamento de Branca de Neve e o príncipe. Lá, ela é forçada a calçar sapatos de ferro em brasa e dançar até morrer, em um castigo descrito com frieza na versão dos Grimm — uma metáfora cruel para a punição por vaidade e maldade.