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Muito Além da Lona: Como o Circo Transforma a Infância em Arte, Disciplina e Emoção na Escola Cirqueridum em Maringá

Enquanto muitas escolas tradicionais ainda insistem em modelos pedagógicos rígidos e ultrapassados, um espaço em Maringá vem fazendo o oposto: equilibrando sonhos, coordenação motora e autoestima com malabares, acrobacias e risos infantis

05/05/2025 às 01h45 Atualizada em 05/05/2025 às 01h53
Por: Rede Geração
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Prefessora Evelin Coelho com alunos espetáculo de final de ano, “Brinquedos do Coração”s no
Prefessora Evelin Coelho com alunos espetáculo de final de ano, “Brinquedos do Coração”s no

É a Cirqueridum, a Escola de Circo de Maringá, que oferece aulas especialmente voltadas para o público infantil — e vem conquistando corações e colunas vertebrais com postura impecável.

Em uma época em que as crianças estão cada vez mais presas às telas, a vivência corporal, lúdica e coletiva do circo surge como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento integral. Mas por que ainda há tanto preconceito e desinformação sobre essa prática?

O preconceito silencioso: "Circo não é coisa séria?"

Para muitos pais, a ideia de matricular os filhos em uma aula de circo soa, à primeira vista, como uma “atividade recreativa” sem muita profundidade. Porém, essa visão ignora o que a ciência da educação, da psicomotricidade e da saúde mental infantil já comprovaram há décadas: o circo é uma escola de habilidades para a vida.

Na Cirqueridum, por exemplo, a criança aprende:

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  • Coordenação motora fina e ampla

  • Disciplina corporal e emocional

  • Trabalho em grupo e empatia

  • Coragem para se desafiar (com segurança)

  • Respeito pelas diferenças — o corpo gordo, o corpo tímido, o corpo com deficiência… todos cabem na lona.

“Aqui a criança aprende a cair e levantar. Literalmente. Isso já é uma lição de resiliência que nenhuma escola convencional ensina com tanta força”, afirma a prefessora Evelin Coelho.

Malabares com emoções: como o circo ajuda na saúde mental

O mundo contemporâneo cobra de crianças algo que mal dá aos adultos: equilíbrio emocional. E é justamente o que o circo oferece, muitas vezes sem que a criança perceba.

Ao subir no tecido acrobático, ela vence o medo.
Ao ensaiar uma sequência de malabares, ela lida com a frustração de errar — e com a alegria de acertar.
Ao compor uma cena cômica com palhaçaria, ela aprende a rir de si mesma.

Essas vivências são fundamentais para a formação de crianças mais seguras, criativas e saudáveis emocionalmente.

O circo como espaço de inclusão

Outro ponto forte das aulas de circo, especialmente na Cirqueridum, é a valorização da diversidade de corpos e comportamentos. Ao contrário de muitos esportes competitivos ou ambientes escolares excludentes, o circo acolhe cada criança como ela é.

“Já tivemos aqui crianças com autismo, TDAH, timidez extrema… e todas encontraram no circo um espaço de pertencimento”, comenta a prefessora Evelin Coelho.

Isso transforma o picadeiro em mais do que um palco de acrobacias: vira um palco de dignidade infantil.

O futuro da educação pode estar no picadeiro

Em tempos de excesso de telas, medicalização infantil e ansiedade precoce, talvez devêssemos olhar para o alto — onde o trapézio balança — e repensar o que é realmente importante na formação de uma criança.

A Cirqueridum, em Maringá, prova que o circo não é apenas um espetáculo para o público. É um espetáculo de crescimento interior para quem o pratica. É tempo de valorizar isso.

Porque toda criança merece voar. E o circo ensina, com poesia e técnica, que voar é possível — mesmo com os pés no chão.

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