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Papa Alexandre VI, sete filhos, fazia incesto, tinha duas amantes, jogava sujo com cardeais e morreu envenenado

O papa da família Bórgia, expõe os paradoxos entre a moral pregada e a prática do poder na Igreja Católica

06/05/2025 às 09h51 Atualizada em 06/05/2025 às 09h56
Por: Rede Geração
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Papa Alexandre VI, sete filhos, fazia incesto, tinha duas amantes, jogava sujo com cardeais e morreu envenenado

A história da Igreja Católica é marcada por momentos de espiritualidade profunda, liderança moral e influência social. Mas também é repleta de contradições, escândalos e disputas de poder que, em muitos momentos, colocaram em xeque os valores que a própria instituição pregava. Um dos casos mais emblemáticos dessa dissonância foi o papado de Rodrigo de Bórgia, que assumiu o trono de São Pedro como Alexandre VI, em 1492.

Membro de uma das famílias mais influentes e controversas do Renascimento, Alexandre VI tornou-se símbolo da hipocrisia clerical. Enquanto a Igreja proclamava celibato, pureza e dedicação ao próximo, o papa vivia de forma abertamente oposta a esses princípios. Teve ao menos sete filhos reconhecidos — com amantes públicas durante seu papado — e usou o cargo para consolidar o poder e os privilégios de sua linhagem.

Um papado cercado por escândalos

Alexandre VI ascendeu ao papado sob suspeitas de compra de votos no conclave, oferecendo cargos e riquezas a cardeais em troca de apoio. Uma prática que, embora não documentada oficialmente, foi amplamente comentada por seus contemporâneos — inclusive por clérigos — e que alimenta até hoje o debate sobre corrupção dentro da Igreja em tempos passados.

Uma vez no trono, Alexandre não teve pudores em reconhecer seus filhos ilegítimos, promovê-los a nobres e garantir-lhes riquezas e territórios. Seus filhos Cesare e Lucrécia Bórgia tornaram-se figuras centrais na política italiana, envolvidos em alianças, traições e até assassinatos — práticas completamente incongruentes com os valores cristãos.

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Entre o sagrado e o profano

A contradição entre a imagem pública da Igreja como guardiã da moral e o comportamento real de alguns de seus líderes mais poderosos escancara o abismo entre discurso e prática. A figura de Alexandre VI é só um exemplo entre tantos outros papas, bispos e autoridades eclesiásticas que, ao longo dos séculos, colocaram interesses políticos, econômicos e familiares acima da fé e da ética cristã.

O problema não está apenas nos erros humanos — afinal, ninguém está imune a falhas —, mas na estrutura de poder que permite e acoberta tais comportamentos. Quando líderes religiosos usam o altar como palco para ambições pessoais, a fé do povo se fragiliza. A indulgência com os próprios pecados, enquanto se condena veementemente os dos fiéis, revela uma lógica de dois pesos e duas medidas que compromete a autoridade moral da instituição.

Reflexos até hoje

Embora a Igreja Católica tenha passado por reformas e modernizações, muitos ainda apontam para traços de hipocrisia institucional nos dias atuais — desde escândalos de abusos sexuais até o silêncio diante de temas sociais urgentes. A crítica não é à fé, mas à forma como, em certos momentos, a própria estrutura da Igreja se distancia dos valores que prega.

Fé ou poder?

O caso de Alexandre VI é um alerta histórico. Ele mostra como a espiritualidade pode ser corrompida quando se mistura excessivamente com o poder político. E levanta uma pergunta incômoda, mas necessária: até que ponto a Igreja, enquanto instituição, está disposta a confrontar sua própria história de contradições em nome de uma fé mais coerente, honesta e voltada para os ensinamentos de Cristo?

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