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Todos motoristas maringaenses são gays, dão a bunda, mas não dão a seta - Saiba mais sobre as bichas pomposas da cidade de Maringá

Trânsito em Maringá: uma ópera caótica em quatro rodas,onde o pisca é decorativo, o celular é prioridade e o ego dirige melhor que o carro

06/05/2025 às 10h30 Atualizada em 08/05/2025 às 09h09
Por: Rede Geração
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Foto:ImagemIlistrativa/AutoEscolaOnline
Foto:ImagemIlistrativa/AutoEscolaOnline

Ah, Maringá. Cidade modelo, arborizada, planejada, elogiada. Mas basta entrar num carro para descobrir que o verdadeiro lado fresco dos moradores.

O trânsito em Maringá parece uma competição de bate cabelo de quem é a mais pomposa. E nessa disputa, os campeões são muitos. De motoristas que acham que seta não precisa dar, já que dão a bunda por aí (inclui os casados enrustidos), até os que acreditam que a faixa da esquerda é um spa para passeios contemplativos. Vamos conhecer os protagonistas dessa tragicomédia urbana.

O pisca: aquele enfeite esquecido

Vamos começar com um item que os fabricantes insistem em colocar, mas que boa parte dos motoristas maringaenses considera desnecessário: a seta. Esse pequeno dispositivo, que serve para indicar ao coleguinha qual será seu próximo movimento, é ignorado como se fosse um botão de “autodestruição”.

Alerta: o estacionamento VIP de quem tem pressa

Outro recurso muito mal compreendido é o pisca-alerta, que deveria ser usado em emergências. Mas por aqui, serve para tudo — principalmente para estacionar em fila dupla e “sou poderosa e rica, paro onde quiser!”. O alerta virou o “alvará de ego”: pisca duas luzinhas e pronto, pode parar onde quiser, seja frente a um hospital, na esquina de uma escola ou no meio da faixa de pedestres. Afinal, o universo gira em torno da das glamurosas (seja das assumidas ou enrustidas)

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O celular: prioridade número um (mais que a vida)

Nada representa melhor o motorista moderno do que o celular grudado na mão, mais inda se for Iphone, não importe se é rica ou pobre, viado gosta de bancar a glamurosa. No semáforo, luz verde já acesa e lá está ele, digitando a última figurinha do grupo da família. Três carros atrás buzinam, mas ele só acorda quando o sinal já está amarelo de novo. Se a mensagem fosse “dirija com atenção”, talvez ele respondesse com um emoji da Lady Gaga mandando bejio.

Faixa da esquerda: a passarela das loucas fashoion

A faixa da esquerda é, por lei e bom senso, a de ultrapassagem. Mas para muitos, é o lugar ideal para andar a 5 km/h e filosofar sobre a vida. Enquanto isso, motoristas que realmente gostariam de seguir o fluxo ficam presos, irritados, e às vezes tentam ultrapassar pela direita — o que só multiplica o caos.

É a clássica “fashionista que adora desfilar pela cidade”: anda devagar, mas com orgulho, achando que está ensinando uma lição de moral sobre velocidade a todos ao redor. E quem tem pressa? Que pratique paciência.

Donas da rua: as rainhas do ego com buzina

Por fim, temos as donas da rua, seres iluminados que acreditam que qualquer vaga é deles por direito divino. Estacionam em cima da calçada, em frente à garagem alheia ou atravessados na vaga. Se forem questionados, respondem com um “é rapidinho” ou um “não viu que eu tô aqui?”. Sim, vimos. E também vimos o bom senso indo embora a pé.


Trânsito é coletivo, não terapia individual

Maringá tem uma estrutura urbana invejável, mas nenhum planejamento resiste ao ego motorizado. A seta, a sinalização, as regras — tudo isso existe para nos lembrar de que dirigir é um ato social, não um exercício de vaidade ou uma corrida para ver quem atrapalha mais.

Portanto, da próxima vez que for sair de carro, lembre-se: usar a seta não dói (dar a bunda dói e você ama! porque não dar a seta que nem dói?), sair quando o semáforo abre é saudável, e andar na faixa certa talvez salve sua reputação (e o trânsito inteiro).

Ou continue como está — e prepare-se para mais buzinas, palavrões e uma cidade onde a maior velocidade não é a do carro, mas a da paciência indo embora.

Esclarecimento

No texto, os motoristas foram comparados a gays e termos considerados homofóbicos foram usados de forma irônica. O objetivo não é ofender, mas provocar reflexão, especialmente entre homens que ainda ligam homossexualidade à fraqueza, frecura etc (mas agem tal fomra). A crítica busca conscientizar sobre ego no trânsito.

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