Mais recentemente, especialistas têm alertado sobre uma relação preocupante entre o álcool e o risco de demência, uma condição devastadora que afeta a saúde cognitiva e a qualidade de vida, especialmente em idades mais avançadas. Mas quando o álcool começa a representar um risco real para o desenvolvimento da demência? Descubra quando é hora de reavaliar o consumo de bebidas alcoólicas para proteger o cérebro.
O Consumo de Álcool no Brasil: A Realidade e as Recomendações da OMS
De acordo com o Centro de Informações sobre Saúde do Álcool (CISA), 45% da população brasileira consome bebidas alcoólicas, seja em eventos sociais ou no conforto de casa. Esse hábito é tão comum que muitos não se dão conta dos riscos associados ao consumo prolongado de álcool.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de álcool seja limitada a até 10 gramas de etanol puro por dia, o que equivale a aproximadamente 350 ml de cerveja ou 150 ml de vinho. Embora o consumo moderado de álcool seja considerado relativamente seguro, o que ocorre quando o álcool é ingerido em excesso ao longo dos anos? A resposta pode ser alarmante para muitos.
O Perigo da Demência: Idade Crucial para Parar de Beber
O consumo contínuo e excessivo de álcool ao longo dos anos está diretamente relacionado ao declínio cognitivo, incluindo o Alzheimer e outros tipos de demência. Embora o álcool não seja a única causa da perda de memória e das funções cognitivas, ele pode acelerar o processo de degeneração cerebral, especialmente quando consumido em grandes quantidades durante a vida.
Especialistas de uma seguradora de saúde britânica recomendam que, aos 65 anos, os indivíduos comecem a reavaliar seriamente seu consumo de álcool. Isso ocorre porque, a partir dessa idade, os efeitos do álcool no corpo se tornam mais evidentes, e o risco de desenvolver demência aumenta significativamente. Para quem já tem o hábito de beber por décadas, esse é um momento crítico para refletir sobre a redução ou até mesmo a interrupção do consumo.
Por que o Álcool Aumenta o Risco de Demência?
O álcool afeta o cérebro de diversas maneiras. Em primeiro lugar, o consumo excessivo pode levar à morte de células cerebrais e prejudicar a capacidade do cérebro de formar novas conexões neurais. Além disso, ele afeta a função do sistema nervoso central, o que pode dificultar o processamento de informações e a memória de longo prazo.
Outro fator importante é que o álcool pode interferir nos níveis de nutrientes essenciais para a saúde cerebral, como vitaminas do complexo B. A deficiência dessas vitaminas é um dos fatores que contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a demência.