De bolinhas a clavas, passando por argolas e até o exigente diabolô, as técnicas de manipulação têm servido como mais do que uma habilidade cênica. Estão sendo ferramentas de autoconhecimento, foco, superação e transformação pessoal — inclusive para quem nunca pisou em um palco profissional.
Vivemos em tempos de imediatismo e gratificação instantânea. Neste contexto, a manipulação de objetos ensina algo quase revolucionário: errar faz parte do processo. Aprender exige tempo. E o progresso vem da repetição consciente.
“É frustrante no começo, porque tudo cai. Mas, aos poucos, você entende que controlar três bolinhas no ar é muito mais sobre controlar sua mente do que os objetos”, relata um dos alunos da Cirqueridum, que encontrou nos malabares uma válvula de equilíbrio emocional.
Essa filosofia, que parece simples, tem mudado rotinas. Alunos relatam melhora na concentração, na ansiedade e até na organização de suas vidas pessoais e profissionais.
É curioso que, num país onde o ensino formal ainda negligencia inteligência emocional e coordenação motora, sejam as escolas de circo que assumam essa lacuna com competência.
Na Cirqueridum, a manipulação de objetos exige:
Coordenação bilateral e foco visual
Controle de respiração e ritmo
Tomada de decisões rápidas
Persistência e automotivação
Criatividade e improviso
Essas competências são, hoje, mais valorizadas no mercado de trabalho do que muitas disciplinas escolares tradicionais. E é por isso que, mesmo fora da área artística, muitos alunos da Cirqueridum estão ganhando destaque em suas profissões — seja como empreendedores, educadores, designers ou líderes.
Apesar dos resultados evidentes, a manipulação de objetos ainda é tratada por muitos como “coisa de palhaço”, em um tom pejorativo e reducionista. Há um preconceito silencioso com o circo — como se a arte fosse menor que a lógica, e o lúdico fosse menos nobre que o técnico.
Isso revela uma falha na forma como enxergamos a educação e o desenvolvimento humano. Enquanto isso, a Cirqueridum forma cidadãos mais conscientes, sensíveis e resilientes, em silêncio, debaixo da lona e longe dos holofotes midiáticos.
Aprender malabares não é sobre impressionar plateias. É sobre se impressionar com o próprio progresso. É sobre errar e tentar de novo. Sobre encontrar no ritmo dos objetos uma forma de alinhar o próprio caos interior.
Na Cirqueridum, em Maringá, esse processo vem mudando histórias. E talvez esteja na hora de toda a sociedade perceber que o futuro da educação e do bem-estar pode estar escondido... entre três bolinhas no ar.
Cirqueridum
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