Publicidade

Denúncia: Vazamento de dados e importunação em Maringá geram denúncia ao Ministério Público

Um novo caso de violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) acende o alerta para práticas criminosas envolvendo o uso indevido de informações pessoais por empresas. Um cidadão denunciou uma mecânica de automóveis após receber uma mensagem promocional pelo WhatsApp e questionar a origem de seu número de WhatsApp

31/05/2025 às 22h41
Por: Rede Geração
Compartilhe:
Foto: Print da denúncia
Foto: Print da denúncia

Ao perguntar:

“Onde conseguiu meu contato?”
Recebeu como resposta:
“Na nossa oficina nós trabalhamos com banco de dados, então são vários contatos que mandamos promoção diariamente.”

A resposta foi suficiente para levantar suspeitas de prática ilegal. A LGPD — Lei nº 13.709/2018 — estabelece que dados pessoais só podem ser utilizados mediante consentimento explícito e finalidades específicas, o que claramente não ocorreu no caso em questão.

O denunciante então alertou:

Continua após a publicidade
Anúncio

“Você já confessou o crime cometido pela sua empresa. Informo que farei a denúncia ao Ministério Público e a todos os órgãos pertinentes. Reitero também que não aceitarei nenhum tipo de coerção, retaliação ou perseguição.”

Histórico de retaliação por parte de operadora de telefonia reforça alerta

O posicionamento firme do denunciante não é infundado. Ele já foi vítima, anteriormente, de retaliações após denunciar importunação por parte de uma operadora de telefonia. Após reclamar de chamadas indesejadas, passou a receber ligações repetitivas e provocativas de diferentes atendentes da mesma empresa — o que caracteriza assédio e tentativa de intimidação.

A situação escalou quando, no mesmo período, um número pessoal entrou em contato via WhatsApp com mensagens inapropriadas e afirmações de estar “apaixonado” pelo denunciante. As respostas dadas por esse interlocutor eram desconexas e não explicavam com coerência como ele havia conseguido o número da vítima, levantando a suspeita de que o contato era, na verdade, um atendente da operadora agindo com má-fé.

Posteriormente, o denunciante ligou para esse mesmo número a partir de outro aparelho, e o tom de voz e o discurso foram completamente diferentes, o que confirmou sua suspeita de que se tratava de um contato proposital, feito para humilhá-lo.

LGPD ainda enfrenta desafios na aplicação

A LGPD foi criada para garantir segurança e respeito à privacidade do cidadão brasileiro, mas sua aplicação ainda é frágil. Casos como o do denunciante revelam que o uso indiscriminado de dados e o desrespeito à legislação são práticas comuns — e muitas vezes impunes.

O direito à privacidade e à dignidade

Além das violações legais, os episódios descritos envolvem danos morais, assédio e perturbação do sossego, configurando crimes passíveis de penalidade. O denunciante declarou que está acionando o Ministério Público e os órgãos reguladores competentes, e reforçou que não aceitará qualquer tipo de perseguição, coerção ou retaliação por parte das empresas envolvidas.

O caso segue como mais um exemplo de como a proteção de dados pessoais ainda é negligenciada no Brasil — e de como é urgente transformar a LGPD em uma realidade efetiva na vida dos cidadãos.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Maringá - PR
Sobre o município
Cidade planejada, fundada em 1947. Conhecida como "Cidade Canção", destaca-se pela arborização, qualidade de vida e urbanismo moderno. É sede de importantes universidades e centros de tecnologia. Seu principal símbolo é a Catedral com 124 metros de altura. O nome homenageia a canção “Maringá”, de Joubert de Carvalho.
Ver notícias
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,54 +0,05%
Euro
R$ 6,42 +0,07%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 611,914,21 -1,96%
Ibovespa
137,799,73 pts 0.49%
Publicidade