O cantor sertanejo Leonardo está sendo duramente questionado nas redes sociais e por especialistas em direitos da criança e do adolescente. A polêmica envolve uma fala de seu filho, Zé Felipe, feita no programa Sabadou com Virginia, do SBT, onde ele declarou, com naturalidade, que perdeu a virgindade aos 12 anos de idade com uma garota de programa. O relato foi feito em tom de piada, e nenhum dos presentes reagiu com a devida gravidade. Mas o que realmente chocou foi o silêncio de Leonardo, pai da criança à época, até hoje.
Quem levou Zé Felipe até essa mulher adulta? A ausência de resposta levanta uma questão séria: Leonardo sabia? Permitiu? Participou?
Caso a prova do crime seja apagada, segue o link do mesmo vídeo, já com o recorte da denúncia: Clique Aqui
O recorte não foi publicado no YouTube, pois o SBT bloqueou a postagem de conteúdos da emissora por canais não oficiais. No entanto, por se tratar de uma prova legal, foi feita uma cópia do material, que será encaminhada ao Ministério Público e aos órgãos competentes.
RELATO CONFIGURA CRIME: ESTUPRO DE VULNERÁVEL E EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
O que Zé Felipe descreveu em rede nacional é, segundo a legislação brasileira, um crime grave. De acordo com o artigo 217-A do Código Penal, qualquer relação sexual com menores de 14 anos configura estupro de vulnerável, independentemente de consentimento ou da vontade da vítima.
Já o artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) trata da exploração sexual de menores, punindo com reclusão de 4 a 10 anos quem facilita, induz ou consente com a prática.
Aos 12 anos, Zé Felipe era uma criança sob responsabilidade direta dos pais. Se Leonardo ou qualquer outro responsável soube, permitiu ou organizou a situação, responde criminalmente por isso.
LEONARDO COMO PAI E FIGURA PÚBLICA
Leonardo é mais que um pai: é um artista com enorme influência cultural. Mas isso não o exime das responsabilidades legais e morais. Se o caso envolve omissão, facilitação ou consentimento por parte dele, a lei é clara: ele pode ser investigado e punido.
A cultura machista muitas vezes romantiza a iniciação sexual precoce de meninos como um “rito de passagem”. Mas a verdade é que se trata de abuso e exploração sexual infantil — e a lei não permite exceções com base em gênero ou fama.
A pergunta que precisa ser feita é: se Leonardo tivesse descoberto que alguém levou sua filha de 12 anos para transar com um homem adulto, a reação seria a mesma? Se a resposta é “não”, então houve omissão seletiva. Isso é grave.
PERGUNTAS QUE EXIGEM RESPOSTAS:
O SILÊNCIO TAMBÉM É VIOLÊNCIA
A omissão de Leonardo — e da mãe de Zé Felipe — diante de uma confissão pública de um episódio de abuso sexual infantil é chocante. Em vez de proteger e orientar, os responsáveis permanecem calados, como se nada tivesse acontecido. Isso normaliza o crime. Isso reforça uma cultura em que meninos são ensinados a ver o próprio abuso como “conquista”.
Mas a lei não admite esse tipo de romantização. O que aconteceu com Zé Felipe foi errado. Foi crime. E o mínimo que se espera de um pai, famoso ou não, é responsabilidade e reparação.
Leonardo precisa se manifestar. Precisa esclarecer se sabia, se permitiu, se conduziu. Não é uma questão de polêmica — é uma questão de justiça, de direitos humanos e de responsabilidade penal.
Nenhuma criança pode ser oferecida à prostituição. Nem pelo inimigo. Nem pelo próprio pai. É essencial que a sociedade compreenda que qualquer relação sexual com menores de 14 anos é crime, independentemente do gênero do agressor ou da vítima. É imprescindível que a sociedade esteja atenta e denuncie qualquer ato que envolva exploração sexual infantil. A normalização de tais comportamentos é um retrocesso para os direitos das crianças e adolescentes. A legislação brasileira é clara e rigorosa, e todos têm o dever de zelar pela proteção dos menores. O silêncio ou a banalização de situações como esta só contribuem para a perpetuação de crimes graves.
Caso denunciado no Ministério Público e aos órgãos competentes:
A denúncia foi feita por um jornalista com 20 anos de experiência em televisão. Atualmente, ele está em tratamento para crises de pânico. Um dos motivos é o abuso sexual e a exploração infantil que sofreu dentro de uma emissora de televisão quando ainda era adolescente. Na época, a pedofilia ainda não era tipificada como crime no Brasil.
Hoje, ele luta contra os mesmos crimes que sofreu no passado, incluindo o abuso de menores em emissoras de televisão. O jornalista solicitou anonimato, pois denunciou todas as emissoras envolvidas e foi coagido por uma delas.
Atualmente, ele está concluindo uma pós-graduação em Sexologia, e esse caso é o objeto de estudo do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).