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Escândalos envolvendo a Cacau Show, até seita foi denunciada

Desde assédio até possíveis rituais obrigatórios

14/06/2025 às 18h19
Por: Opinião, crítica e análise
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Foto: Cacau Show - Divulgação
Foto: Cacau Show - Divulgação

Repetição de campanhas promocionais questionadas

A campanha “Páscoa Encantada” foi denunciada por publicidade abusiva ao público infantil, com uso de personagens, música e cores pensadas para atrair crianças, ferindo o artigo 37 do CDC e a Resolução 163 do CONANDA (denúncia do Instituto Alana ao Procon-SP em março/2024).

Há histórico de promoções veiculadas durante novela infantil (“Carrossel”, 2012) que resultaram em autuação do Procon por propaganda enganosa

Implicação: estratégias de marketing reiteradamente desenhadas para públicos vulneráveis, especialmente crianças, sugerem foco em formação de hábito de consumo desde cedo — método típico de regimes de controle comportamental.

Práticas enganosas e golpes virtuais

Diversos registros do Procon (MS e SP, entre 2021–2023) apontam propagandas com preços diferentes no caixa, exigência velada de cadastro (CPF) para obter promoções, e ausência de Código de Defesa do Consumidor visível

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Golpes recorrentes se valeram do nome da Cacau Show — ofertando produtos com defeito (“caixas brancas”) ou brindes falsos em posts e sites fraudulentos para roubo de dados e dinheiro via PIX.

Implicação: a marca tornou-se alvo frequente de fraudes virtuais. Apesar de não ser a autora, isso fortalece uma imagem de comunicação pouco transparente e ambientes de risco, aumentando o controle sobre a mensagem real da empresa.

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Desconfiança de controle excessivo

Reclamações online descritas de forma fragmentária sugerem que há percepção de políticas promocionais pouco claras e produtos aquém da expectativa (menos recheio, tamanho reduzido etc.).

Fóruns e redes relatam queda de confiança, ausência de informações claras em rótulos e atendimento deficiente em loja — sem provas isoladas, mas reforçando impressão de comunicação assimétrica .

Implicação: a combinação de marketing infantil agressivo, promoções confusas e insatisfação do consumidor cria um contexto de coação indireta — onde a marca centraliza o controle da narrativa, com poderosas estratégias de estímulo condicionadas (promoções, fidelidade).

Foco sistêmico em público vulnerável As campanhas exploram atributos infantis (cores, musicas, personagens) para gerar conexão emocional, estratégia que identifica um padrão de influência estratégica contínua.
Comunicação obscura e enganosa Promoções sem transparência, exigência oculta de cadastro, divergências de preços — práticas recorrentes denunciadas por Procon e consumidores.
Ambiente de risco informacional Golpes virtuais insistentes minam a credibilidade da marca e sobrecarregam canais oficiais, favorecendo manipulação do discurso.
Estrutura semelhante a regimes de controle comercial Não se trata de "seita" no sentido religioso, mas sim de um sistema que molda desejos (lembrança de datas comemorativas), regula comportamento (cadastro e fidelização) e centraliza a mensagem da marca.

As evidências indicam que, ao longo dos anos, algumas práticas da Cacau Show — marketing focado em crianças, promoções enganosas, falhas de transparência — geraram constelações de críticas e sanções. Embora não se caracterizem como “seita” no sentido estrito, configuram um padrão organizacional que dirige, controla e molda comportamentos do consumidor de maneira sistemática. Essa arquitetura exige reformas institucionais e maior clareza para evitar que a marca siga se consolidando como modelo de influência excessiva e oculta — uma forma moderna de condicionamento social por consumo.

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