Sábado, 15 de Março de 2025
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Risco de Apagões no Brasil: Aumento da Geração Solar e o Impacto nas Subestações de Energia

Um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou que o aumento da geração de energia solar pode causar apagões em nove estados brasileiros nos próximos cinco anos. O documento, parte do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo para 2025 a 2029, alerta para o risco de sobrecargas em subestações que podem ultrapassar a capacidade dos transformadores. Os estados afetados incluem Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.

10/02/2025 às 00h31
Por: Rede Geração
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Risco de Apagões no Brasil: Aumento da Geração Solar e o Impacto nas Subestações de Energia

A Geração Solar e seus Efeitos no Sistema Elétrico

Em 2023, o Brasil enfrentou um apagão que afetou 25 estados, causado pela intermitência da energia solar e eólica. O ONS relatou que o desempenho inesperado dos parques eólicos e fotovoltaicos foi o principal fator para o apagão de seis horas. Essa intermitência, ou variação na geração de energia, faz com que o sistema elétrico precise de ajustes rápidos para manter o equilíbrio entre oferta e demanda.

A micro e minigeração distribuída, que inclui a instalação de painéis solares em residências e comércios, já possui uma capacidade instalada de 53 GW, o que representa 22% da capacidade total do Brasil. Esse crescimento da geração solar descentralizada traz desafios adicionais para a rede elétrica.

O Fluxo Reverso de Energia e os Riscos de Sobrecarga

Uma das complicações da geração descentralizada de energia solar é o fenômeno do fluxo reverso de energia. Isso acontece quando o excesso de energia gerado pelos consumidores (como residências e empresas com painéis solares) não é consumido e volta para o sistema de transmissão. Esse excesso pode causar sobrecargas nas subestações e transformar o sistema de transmissão em uma rede instável, aumentando o risco de apagões.

O ONS alerta para a necessidade de monitoramento constante e ajustes nas subestações para evitar que esse fluxo inverso provoque sobrecarga e falhas no sistema de distribuição de energia.

Preocupação com o Futuro: Ajustes Necessários no Sistema Elétrico

Com o aumento da capacidade instalada de energia solar, o ONS enfatiza que o sistema elétrico precisa de melhorias e ajustes nas subestações para lidar com esse novo modelo de geração distribuída. O fluxo reverso é um dos maiores desafios, e a falta de ajustes adequados nas infraestruturas de transmissão pode resultar em danos à rede elétrica e, em última instância, em apagões.

O estudo também destaca que, para evitar futuras falhas no sistema, será necessário investir em tecnologias mais avançadas de monitoramento e controle da rede elétrica, para garantir que as sobrecargas possam ser detectadas e corrigidas antes de causar danos.

A Sustentabilidade Solar e os Desafios para a Rede Elétrica

O aumento da geração de energia solar no Brasil é uma medida positiva para a sustentabilidade do país. Contudo, o crescimento da geração descentralizada tem colocado à prova a infraestrutura elétrica, e o risco de apagões nas subestações de energia é real, conforme indicado pelo ONS.

A solução passa por uma gestão mais eficaz da rede elétrica e ajustes nas subestações para suportar o aumento da carga de energia solar, além de um monitoramento rigoroso para evitar o fluxo reverso de energia e prevenir falhas no sistema.

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