Durante patrulhamento na Avenida Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, no dia 30 de maio, agentes flagraram um motorista realizando manobras perigosas em alta velocidade, colocando em risco a segurança de pedestres e outros condutores na via, que é bastante movimentada. Após abordagem, constatou-se que o veículo, um Porsche, acumulava mais de R$ 20 mil em débitos de licenciamento e outras taxas. A Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) foi acionada e o carro foi recolhido ao pátio conveniado.
Em julho de 2024, uma Ferrari 458, avaliada em R$ 2 milhões, foi rebocada após ser flagrada estacionada sobre uma faixa de pedestres e ocupando uma vaga reservada para pessoas com deficiência física na Avenida São Paulo, em frente ao Shopping Maringá Park. O veículo acumulava mais de R$ 8 mil em multas e taxas de licenciamento. O secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, ressaltou que o valor do carro não isenta ninguém de cumprir as leis de trânsito.
Saiba mais: Conheça a Ferrari avaliada em quase R$ 2 milhões estacionada irregularmente sobre uma faixa de pedestres e ocupando uma vaga reservada para pessoas com deficiência física
Em 2020, a Polícia Federal prendeu suspeitos e apreendeu carros de luxo avaliados em R$ 15 milhões em Maringá. Os investigados são suspeitos de trazer do exterior carros de luxo, superesportivos, que licenciavam no Paraguai. No Brasil, eram utilizados com placas do país vizinho, caracterizando um esquema de lavagem de dinheiro.
Saiba mais: conheça o submundo da ostentação maringaense
Maringá abriga uma frota considerável de veículos importados, incluindo duas Lamborghinis, uma McLaren e diversos Porsches, conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No entanto, a recorrência de casos envolvendo inadimplência, infrações de trânsito e até crimes financeiros levanta questionamentos sobre a origem e a sustentabilidade desse padrão de consumo.
A ostentação de carros de luxo, muitas vezes adquiridos por meio de esquemas ilícitos ou mantidos sem o devido cumprimento das obrigações legais, revela uma cultura de aparência e arrogância que coloca em risco a vida de outras pessoas. É necessário um debate profundo sobre os valores que estão sendo cultivados na sociedade maringaense e a implementação de políticas públicas que promovam a responsabilidade e a ética no trânsito e na economia local.